Pontos de Cultura precisam fazer parte do debate eleitoral
(Sexta-Feira, 26 de Março de 2010 às 12:20hs)
Os dois governos de Lula vão deixar como legado alguns programas que permitem pensar num Brasil diferente. Não só para daqui a alguns anos, mas já para hoje. Alguns são bastante reconhecidos, como o Bolsa Família. Outros, apesar da força que já têm no segmento que atuam, ainda estão em processo de afirmação na sociedade. Entre eles, destaca-se a meu ver o programa de Pontos de Cultura. Neste momento, acontece aqui em Fortaleza, a 4ª Teia, encontro que reúne Pontos de Cultura do Brasil inteiro, aproximadamente 3,5 mil pessoas. É impressionante a dimensão que este movimento ganhou. Gente de todas as partes do país, indígenas, quilombolas, galera do software livre, grupos de cultura popular, músicas, povo do teatro, pessoal dos pontos de mídia livre. Uma fauna cultural incrível, uma babel de criadores e fazedores de um patrimônio cultural que diferencia em muito o Brasil. Que dá a ele singularidade. Mas que por muito tempo foi tratado como algo menor, algo não incentivado. Hoje com o programa dos Pontos esse pessoal recebe recursos e alguma estrutura para tocar seu trabalho. Mudou-se a lógica de apoiar apenas o mainstream da cultura nacional. Os mesmos de sempre que encontram espaço nos veículos comerciais, que monopolizavam os grandes aparelhos culturais, que ficavam com todos os recursos da Lei Rouanet. O programa Pontos de Cultura e também o de Pontos de Mídia Livre, que aliás, está com edital aberto neste momento, é algo que precisa ser assumido como uma das mais importantes ações do atual governo por todos aqueles que defendem a diversidade cultural e a democratização do acesso aos recursos públicos. Nesta próxima disputa eleitoral ele tem se tornar um ponto de pauta. É preciso construir um documento-manifesto em defesa dos Pontos e fazer com que os candidatos se posicionem sobre o que pretendem fazer com eles. Se vão ampliá-lo, se pretendem aumentar os recursos ou diminuir, se acham que a autônima que tem deve ser modificada etc. No meio de tantas pautas, às vezes a área de cultura fica sem protagonismo nos debates políticos. Isso é o que faz com que seu orçamento não chegue nem a 1% do total. O Brasil é um país onde a cultura é um elemento de unidade nacional. Ela não pode ser tratada como algo menor. E neste momento, talvez seja o caso de se escolher uma grande bandeira. Ela pode ser a ampliação do programa Pontos de Cultura para o próximo governo.
(Sexta-Feira, 26 de Março de 2010 às 12:20hs)
Os dois governos de Lula vão deixar como legado alguns programas que permitem pensar num Brasil diferente. Não só para daqui a alguns anos, mas já para hoje. Alguns são bastante reconhecidos, como o Bolsa Família. Outros, apesar da força que já têm no segmento que atuam, ainda estão em processo de afirmação na sociedade. Entre eles, destaca-se a meu ver o programa de Pontos de Cultura. Neste momento, acontece aqui em Fortaleza, a 4ª Teia, encontro que reúne Pontos de Cultura do Brasil inteiro, aproximadamente 3,5 mil pessoas. É impressionante a dimensão que este movimento ganhou. Gente de todas as partes do país, indígenas, quilombolas, galera do software livre, grupos de cultura popular, músicas, povo do teatro, pessoal dos pontos de mídia livre. Uma fauna cultural incrível, uma babel de criadores e fazedores de um patrimônio cultural que diferencia em muito o Brasil. Que dá a ele singularidade. Mas que por muito tempo foi tratado como algo menor, algo não incentivado. Hoje com o programa dos Pontos esse pessoal recebe recursos e alguma estrutura para tocar seu trabalho. Mudou-se a lógica de apoiar apenas o mainstream da cultura nacional. Os mesmos de sempre que encontram espaço nos veículos comerciais, que monopolizavam os grandes aparelhos culturais, que ficavam com todos os recursos da Lei Rouanet. O programa Pontos de Cultura e também o de Pontos de Mídia Livre, que aliás, está com edital aberto neste momento, é algo que precisa ser assumido como uma das mais importantes ações do atual governo por todos aqueles que defendem a diversidade cultural e a democratização do acesso aos recursos públicos. Nesta próxima disputa eleitoral ele tem se tornar um ponto de pauta. É preciso construir um documento-manifesto em defesa dos Pontos e fazer com que os candidatos se posicionem sobre o que pretendem fazer com eles. Se vão ampliá-lo, se pretendem aumentar os recursos ou diminuir, se acham que a autônima que tem deve ser modificada etc. No meio de tantas pautas, às vezes a área de cultura fica sem protagonismo nos debates políticos. Isso é o que faz com que seu orçamento não chegue nem a 1% do total. O Brasil é um país onde a cultura é um elemento de unidade nacional. Ela não pode ser tratada como algo menor. E neste momento, talvez seja o caso de se escolher uma grande bandeira. Ela pode ser a ampliação do programa Pontos de Cultura para o próximo governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário