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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Diversidade em Movimento

Algumas imagens da montagem da Geodésica na manhã de 24 de maio, no Largo Glênio Péres.

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Fotos 1 a 3: Leandro Anton
Fotos 4 a 12: Carlos Alberto Machado

domingo, 27 de maio de 2012

Mais Bicicleta, Menos Carro!!

Mais adrenalina, menos gasolina!!


A bicicletada da Massa Crítica realizada durante o Fórum Mundial das Bicicletas em Porto Alegre que teve mais de 1300 bicicletas nas ruas foi embalada pelas músicas do ciclista, cantor e compositor Plá.
"Moral" é o som que escutamos neste vídeo.


vídeo: Coletivo Catarse
Post: Leandro Anton

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Acontecendo agora na feSta da BIOdiveRSidade


24 de maio de 2012 por blogfestadabiodiversidade
Teatro de rua, futebol, política e religião na criação coletiva do Levanta Favela. Futebol nossa Paixão é uma peça que se propõe a discutir as conseqüências que um megaevento do porte da Copa do Mundo de Futebol pode trazer para o povo. Um evento que já está desalojando populações e que, durante sua realização, implantará um temido estado de exceção no território brasileiro.
levaNta faveLa na BIOdiveRSidade
Na encenação, torcedores sacrificam-se pelo único prazer de ver o Brasil ser campeão com seus próprios olhos. A luta entre burgueses e os favelados, o povo brasileiro contra a Federação Internacional de Futebol. Tudo em praça pública.
Outras atividades acontecem ao logo da tarde e início da noite.
Vem pra cá!

Audiência Pública sobre a Lei Griô do Estado do Rio Grande do Sul



O quê: Audiência Pública sobre a Lei Griô Estadual
Onde: Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul
Quando: 25 de maio de 2012, sexta-feira, às 14h.

A Frente Parlamentar de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, a Rede Ação Griô Nacional e o Partido da Cultura têm a honra de convidá-lo(a) para da Audiência Pública sobre a Lei Griô do Estado do Rio Grande do Sul, a realizar-se às 14h00 do dia 25 de maio de 2012 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Praça Mal Deodoro, 101 – Centro, Porto Alegre/RS.
A Lei Griô do Estado do Rio Grande do Sul tem como missão instituir uma política estadual de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral em diálogo com a educação formal, para promover o fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro.
A audiência envolverá o Ministério da Cultura, Secretaria Estadual de Cultura do RS, Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, a Comissão Nacional dos Griôs e  Mestres de Tradição Oral, coordenadores nacionais e regionais da Rede Ação Griô e representantes de Redes parceiras.
Serão apresentados resultados da Rede Ação Griô  entre o período de 2006 a 2012, contextualização da Lei Griô diante das prioridades das políticas culturais do Brasil e o plano de ação para aprovação da Lei Griô e implementação da Universidade Griô em parceria com Universidades.
    Aguardamos tua participação !
                             
                            Histórico da Lei Griô no Rio Grande do Sul
 O Projeto de Lei Griô do Rio Grande do Sul é resultado da mobilização da rede Ação Griô Nacional, que nasceu em 2006 como projeto criado e proposto pelo Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô, o Programa Cultura Viva da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, a Comissão Nacional dos Griôs e Mestres de Tradição Oral do Brasil, o Pontão de Cultura NINA Griô – Regional da Terra e a Rede Ação Griô Rio Grande do Sul, composta por 40 escolas, universidades, Pontos  de Cultura, coletivos, ONGs e grupos ligados à tradição oral, envolvendo 140 Griôs e  Mestres de tradição oral, griôs aprendizes, educadores, artistas, gestores, militantes e produtores culturais do Estado.

A primeira proposta do projeto de Lei Griô foi criada a partir da Carta ao Presidente Lula, construída coletivamente pela rede Ação Griô Nacional durante o encontro da TEIA 2008 em Brasília/DF. Neste mesmo encontro foi constituída a Comissão Nacional dos Griôs e Mestres de Tradição Oral do Brasil, com representantes da tradição oral de vários estados brasileiros.
Depois de vários encontros do Grupo de Trabalho da Lei Griô, a primeira proposta do projeto de Lei foi registrada no Cartório de Registro da Comarca de Lençóis/BA em novembro de 2009, e lançada publicamente no evento de abertura da Conferência Estadual de Cultura do Estado da Bahia, em Ilhéus, por Márcio Caires, coordenador da Ação Griô Nacional, por Mestra Doci e Mestre Raimundo Bankoma, representantes da Comissão Nacional dos Griôs e Mestres, com a presença do Secretário de Cultura do Estado da Bahia Márcio Meireles, do Governador Jaques Wagner e do Ministro da Cultura Juca Ferreira.
Ainda em 2009, o projeto de Lei Griô foi disponibilizado para consulta pública através do portal da Rede Ação Griô www.acaogrio.org.br, com assinaturas de artistas (Chico César, Raimundo Fagner, Jorge Mautner, GOG) e políticos (Célio Turino, Sergio Mamberti e outros). Pelo Brasil, os participantes da rede se mobilizaram para colher assinaturas em Encontros, Congressos e Seminários e realização de audiências públicas na Assembleia Legislativa da Bahia, na Câmara de Vereadores de João Pessoa/PB e na Câmara de Vereadores de São Paulo/SP.
Foi no primeiro semestre de 2010 que o projeto de Lei Griô teve a sua maior conquista política: a sua minuta foi eleita na íntegra como uma das 32 prioridades da política cultural do Brasil na Conferência Nacional de Cultura, realizada em Brasília/DF, em março de 2010. A Conferência Nacional de Cultura envolveu em todo o Brasil mais de200 mil pessoas, gerando 234 propostas para serem discutidas e aprovadas como prioridade na Conferência Nacional em Brasília.
Em abril de 2011, durante o Encontro de Avaliação e Planejamento da Ação Griô Nacional, promovido pelos coordenadores do Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô,Líllian Pacheco e Márcio Caires com a participação das coordenações regionais da  rede Ação Griô, da Comissão Nacional dos Griôs e Mestres de Tradição Oral, representada por Mestra Doci e Mestre Alcides, das assessoras pedagógicas e de parceiros da rede, houve o encaminhamento indicando que o projeto de Lei Griô entraria na Câmara dos Deputados através da Frente Parlamentar Mista de Cultura do Congresso Nacional.
O Encontro também contou com a presença da Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, da Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC,Marta Porto, do Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, da Secretária de Cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes, do Diretor da FUNJOP-(PB), Nilton  Dorneles, do criador do Programa Cultura Viva, Célio Turino e da Presidenta da Frente Parlamentar de Cultura do Congresso, Jandira Feghali.
 Em maio de 2011 o projeto de Lei Griô (PL 1.786/2011) foi encaminhado pela Presidenta da Frente Parlamentar de Cultura, Jandira Feghali, para avaliação da consultoria jurídica da Câmara dos Deputados, quando foi proposto que o projeto de Lei Griô deixasse de ser um programa para ser uma política de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral.
Texto: Marcelo das Histórias

quarta-feira, 23 de maio de 2012

6ª Festa da Biodiversidade



24/maio – fESta da BIOdiveRSidade – laRgo glêniO peRes

        10:00 – danças circulares com Natália Barella.

        12:00 – Teatro de rua: Futebol nossa paixão… pra falar de política, futebol e religião com Levanta Favela.

        14:00 – Oficina de grafite

15:00 – oficina de chikung com Jairo Muller

        17:00 – Oficina de samba de roda com Mestre Renato.

        17:30 – Roda de conversa sobre a Cúpula dos Povos

18:00 – Telejornal biodiverso, com o coletivo Catarse

        18:30 – Intervenção “pula roleta” da oficina de teatro de ação direta Levanta Favela

        19:30 – Roda de Capoeira com o grupo Zimba e convidados


        DurRante tOdo o dia haveRá ráDio pOste, baNcas de expOSição do tRabalho dos gRUpos e mOVimentos sOciais. HavErá cOzinha de eXpeRimeNtações coM pacs e alimEntos da agRicultUra faMiliar.

25/mAio – 18h – maSSa cRítica. Saída do Largo Zumbi dos Palmares.
26/mAio – 10h ofiCinas de suStentabiliDade no Utopia e Luta. Viaduto da Borges.
26/mAio – 15h – maRcha da maConha. Concentração nos Arcos da Redenção.

26/mAio –22h – feSteRê da BIOdiveRSidade. No galpão do correio do Povo, no Parque Harmonia. Abertura com Roda de Samba de umbigada com o Mestre Renato. Show com as bandas Dionysios e Confeitaria Brasil. Apresentação com os DJ Augusto e Pé. Cine Quilombola.



A Guayí com o Quilombo do Sopapo e o Núcleo de Ecologia e Agriculturas estará presente na Feira que será nesta quinta-feira 24, dia inteiro, no Largo Glênio Peres. Nas bancas teremos também a participação do Comitê Popular da Copa Cristal e Porto Alegre com os materiais da Campanha Chave Por Chave!! 
Cartaz da Campanha iniciada no Comitê Popular da Copa Cristal com os moradores das Vilas Divisa e Cristal que serão impactados pelas obras de duplicação da Avenida Tronco. A campanha já está nas comunidades da Cruzeiro que também são afetadas pelas obras. Cartaz que estará sendo distribuído durante a feira juntamente com adesivos.

Vista do Largo Glênio Perez. Ano passado o Globo Esporte estava ao Vivo e o Prefeito não gostou da Biodiversidade expressa pela feira no momento de sua aparição. Motivos: questionamentos sobre os impactos das obras da Copa, a luta do Morro Santa Teresa e da privatização dos espaços públicos de Porto Alegre, um deles, o próprio Largo Glênio Perez. Resultado: O Chefe do Executivo Municipal sequer visitou os espaços da feira passando por ela encarando os expositores. Este foi o diálogo do Prefeito.

Rádio Poste que esteve na ativa durante toda a feira. A SMIC chegou a ameaçar recolher os equipamentos. Isto ocorreu após a passagem do Prefeito da Capital pelo Globo Esporte.

As barracas da Feira e as Geodésicas, na menor, estavam as bancas do Comitê Popular da Copa Cristal, Movimento Morro é Nosso e Quilombo do Sopapo.

Banner do Livro Imagens Faladas - uma reportagem fotográfica sobre a memória do Bairro Cristal exposto na feira.

As fotos acima são da feira do ano passado, onde compartilhamos uma barraquinha com o Movimento o Morro é Nosso e o Comitê Popular da Copa Cristal abrigados por uma geodésica.

fotos: Saionara Silva, Carlos Alberto e Douglas Oliveira - Cristalizar Vídeo Produções - CVP
post: Leandro Anton


terça-feira, 22 de maio de 2012

Um sonho de liberdade


Começou nesta terça-feira  a oficina de teatro de bonecos gigantes ( ópera de sopapo ) que tem  como finalidade montar uma peça de teatro com bonecos , e que  aborda o tema do instrumento Tambor de Sopapo e sua origem no estado do Rio Grande do Sul . A oficina tem dois módulos diferentes  ( construção de bonecos e outro oficina de percussão), mas que tem em comum  um mesmo objetivo a peça de teatro .Temos como proponente do espetáculo o Musico e Griô, o  oficineiro  Edu do Nascimento coordenador geral e educador da oficina de Percussão , temos também  Cacá Sena,  bonequeiro e educador da oficina de bonecos  .
As inscrições seguem abertas para anbas as oficinas , e quem estiver interessado  pode entrar em contato mandando e-mail pelo quilombodosopapo@gmail.com ou pelo telefone : 33986788 ou também pelo celular : 969278626.
Abaixo algumas fotos do primeiro encontro da oficina de bonecos e suas primeiras maquetes.





Texto e fotos: Carlos Alberto Machado - Carlinhos

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um pouco de Fotografia em meio a neblina

Hoje, por volta das 8h30min da manhã, o Cristal estava coberto por uma densa neblina. Ao chegar no Quilombo do Sopapo ela estava se dissipando.... e a fotografia surgiu... lamentavelmente a câmera não estava à mão e o tempo entre abrir a casa e tê-la para fotografar da sacada do Sopapo o fenômeno já havia perdido sua intensidade... mas ainda gerou as indescritíveis imagens que mais parecem uma cascata, um derretimento, uma fuga... enfim, a estaca cravada no meio do Cristal acabou por poetizar a Imagem Falada de um fenômeno atmosférico...



Texto e fotos: Leandro Anton

O primeiro cometário à postagem, diante vulnerabilidade fundiária que as comunidades do Cristal e entorno sofrem, merece ser agregado ao texto para contribuir com a reflexão que as fotos provocam.

"Um pouco de fotografia" é demasiada modéstia! A semelhança com as imagens de 11 de setembro é impressionante! Em meio à pauta que existe no Cristal, do direito aos espaços urbanos e destinos que se desenrolam, esta fotografia tem discurso próprio.
Ass:Churras!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

#Copa2014: Cruzeiro - O que aconteceu na reunião aconteceu no dia 12 maio, sábado às 17h



COMITÊ DE APOIO ÀS COMUNIDADES NAS LUTAS POR SEUS DIREITOS

COPA SIM E A AVENIDA SAI
O POVO FICA COM SEUS DIREITOS RESPEITADOS
         
Continuam muitas incertezas. Tudo é anunciado pela TV e pelos jornais, como se estivesse bem combinado com todos, mas o povo só tem dúvidas. Além disso, a nossa experiência nos mostrou que NADA SE CONQUISTA SEM LUTA, mesmo quando temos governos populares que estão do nosso lado.

A pressão dos grandes, dos especuladores imobiliários também é muito grande. A nossa região, que tem um histórico de ocupação popular, é vista como um bom local para grandes negócios. É claro, muito bons para alguns.

Para defender nossos direitos e esta história da região é preciso aumentar e qualificar muito a nossa organização e a nossa capacidade de mobilização. E, mais do que nunca, é preciso unificar toda a população atingida direta e indiretamente. A divisão só interessa a quem quer ver o povo longe. Por isso o pessoal decidiu construir o COMITÊ DE APOIO da Avenida Tronco.

Quem pode participar desse Comitê?

Todo pessoal que defende um valor para o bônus que permita o pessoal buscar alternativas na região. Mais quem não aceita o aluguel social e quer chave por chave. Além disso, as Associações de Moradores, ONGs, Escolas, Casas de Religião, Conselhos Municipais e todas as pessoas de boa vontade que acreditam que a CIDADE pode ser um lugar bom de viver para todos.

Para avançar na organização do Comitê, socializar as informações que temos e listar as coisas que queremos saber venha participar da próxima reunião:

A NOSSA FORÇA ESTÁ NA NOSSA UNIÃO!

O que pensam os moradores que participaram da reunião? Veja os vídeos logo abaixo:












Post: Éverton Rodrigues

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Inscrições para novas oficinas do Quilombo seguem abertas


Ainda estão abertas as oficinas do projeto Pontinho de Cultura, que devem culminar com a realização do espetáculo "A Ópera do Sopapo". As aulas começam na semana que vem, dia 15 de maio, e têm duração de 5 meses.

O coordenador da ação é o Griô Edu do Nascimento e as oficinas são gratuitas, com 25 vagas para a percussão e 15 vagas para os bonecos gigantes. A ação terá a participação de outros músicos, entre eles: Richard Serraria, Negro É e Pelota, que irão colaborar nas oficinas de criação da trilha sonora e bonequeiros, como Cacá Cena, que colaborará nas oficinas de criação das personagens, em bonecos gigantes.

Os horários:

BONECOS GIGANTES - 3ª e 6ª feiras das 14 às 18h

PERCUSSÃO - 5ª feira das 14 às 18h

INSCRIÇÕES - por e-mail: quilombodosopapo@gmail.com; ou no Quilombo do Sopapo: Avenida Capivari 602, Bairro Cristal e por telefone 3398-6788.

Os integrantes da oficina de Bonecos Gigantes poderão ser os atores da peça, e os integrantes da percussão executarão a trilha sonora. Caso haja interessados em somente fazer as oficinas de confecção dos bonecos e de música, sem participar das apresentações, é possível.

Será montada uma encenação com referência na experiência da Ação Griô "O Sopapo de Todos os Papos", a partir de uma pequena ópera que promova o encontro dos bonecos gigantes, da batida rap com a sonoridade do Sopapo e uma parte de sua história.
texto: Alessandra Terribili

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dmae assume compromisso para reconstruir moradias atingidas pela obra


Hoje, vence o prazo dado pela juiza Lílian Cristiane Siman, da 5ª Vara do Foro Central, para que, as duas familias deixem suas moradias temporariamente. Esta decisão foi tomada depois que as residências foram atingidas, após a prefeitura mudar a rota das escavações no solo por debaixo das casas, chamada de Emissário Subterrâneo, que inclusive não foi avisada aos moradores. Na reunião na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana da Camara Municipal do Vereadores, o Dmae reconheceu seus erros cometidos na obra do programa Socioambiental da Prefeitura de Porto Alegre, e as duas familias aceitaram assinar contrato para sairem por 15 dias para a retomada das obras. No contrato o Dmae responsabiliza-se por todas as despesas de estadia, alimentação e transporte durante todo o período em que as familias estarão afastadas de suas residências, e se houver qualquer problema estrutural nas casa o Dmae irá reconstruir-las no mesmo local.

Hoje às 19h, acontecerá reunião de motadores da comunidade Cristal. A reunião acontecerá em uma das residências atingidas, que fica na Av Icarai, 1512. A reunião foi articulada por moradores das comunidades Icarai I, Icarai II, e Divisa do Cristal com Cruzeiro. Moradores das comunidades Nossa Senhora das Graças, Pedreira e da ocupação 20 de novembro foram convidados. O objetivo da reunião é socializar informes de tudo que está acontecendo em função das obras, e ao mesmo mesmo vídeos com os relatos dos problemas serão gravados para serem divulgados na internet. Um documentário sobre todos os problemas do Cristal, Cruzeiro e Morro Santa Tereza está sendo produzido.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Chave por Chave obtém vitória no OP Cristal

2 de Maio de 2012 - Plenária do OP Cristal em Porto Alegre - O prefeito José Fortunati falou ao final das intervenções de moradores e conselheiros e utilizou a nomenclatura do movimento para reafirmar mais um compromisso verbal. "Será chave por chave. Estamos dispostos a manter as famílias onde elas vivem enquanto não tem as casas. Se perdermos os recursos da obra, depois é outra discussão", comprometeu-se. E salientou que os moradores "só sairão das casas com a construção das novas moradias". Porém, condicionou a construção ao governo federal, que terá que garantir os recursos do Minha Casa, Minha Vida para o começo da construção do lotes e manter os recursos par as obras viárias. "Terá que ter os recursos do programa", salientou.






A insistência em tentar desqualificar o movimento comunitário das Vilas Cristal e Divisa e o Comitê Popular da Copa Cristal dizendo que estes são movidos por interesses eleitorais tacanhos é manifestada por quem é candidato a reeleição, no caso o José Fortunati, que estranhamente quer se eximir do seu interesse eleitoral. É importante dizer, o movimento tem sim interesse eleitoral e é o de que todos os candidatos assumam o compromisso, TODOS, com os direitos a moradia, à cidade, ao território, a educação, a trabalho, a escolha de onde e como quer ser atendido o morador, que o movimento quer manter para as famílias que serão atingidas diretamente. São famílias que moram e constroem a cidade a partir das Vilas Cristal e Divisa há 3, 4, 5 décadas. 
A intenção deste texto é trazer algumas questões/reflexões para quem o está lendo:
1 - A cópia da notificação que está acima, é de 22 de agosto de 2011, e diz o seguinte: "O Município de Porto Alegre, através da Coordenação de Operações Especiais da Equipe de Fiscalização do Ambiente Natural da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAN/EFAN/COE) notifica Vossa Senhoria para que desocupe a área pública abaixo descrita no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, a contar da presente data. O não atendimento desta notificação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis. Porto Alegre, 22 de agosto de 2011." A área a que a notificação se refere é conhecida como Doca das Frutas, fica na Avenida Padre Cacique ao lada do antiga quadra da Escola de Samba Praiana, ou seja, muito próxima ao Beira Rio. A intenção é clara da notificação, despejo!!! E de fato, não ocorreu, mas porque? Estes moradores procuraram o Comitê Popular da Copa Cristal e em uma Assembléia de Moradores das Vilas Divisa e Cristal, que teve a presença de integrantes do Governo Municipal, os moradores das referidas comunidades decidiram por incluí-los no atendimento habitacional que estas comunidades tem direito e que vem lutando para que seja na região Cristal, a menos de um quilômetro das atuais moradias destas famílias que receberam a notificação de despejo no governo José Fortunati. O discurso de não despejo do prefeito só pode ser mantido, não pela intenção de seu governo, mas pela resistência das comunidades atingidas pelas arbitrariedades da atual administração.
2 - o movimento não iniciou ontem, às vésperas de um pleito. Ele surge com a luta das comunidades que vivem no Morro Santa Teresa e que impediram a venda dos 74ha de terra pública e mantiveram também o direito à cidade de mais de 2.500 famílias, de termos a possibilidade de um parque no Morro e de qualificar o atendimento aos jovens na FASE. Isto teve início em dezembro de 2009.
3 - o histórico de oito anos da ausência de política habitacional na Região Cristal do governo municipal, do qual faz parte José Fortunati, não precisa ser dito pelo movimento comunitário, basta ir ao Cristal e ver. Há na região o Programa Integrado Socioambiental, um programa de grande e extraordinária importância para a cidade, que existe há mais de 10 anos, e tem como objetivo um atendimento socioambiental, portanto há famílias nisso e elas são 1600 que devem ser reassentadas para dignificar a sua trajetória de luta pela cidade que vivem, trabalham, moram, estudam... Este programa tem a nobre causa de elevar de 27 para aproximadamente 80% o esgoto tratado de Porto Alegre. Isto significará num futuro melhor qualidade de água e possibilidade de voltarmos a tomar banho no Guaiba em locais hoje altamente poluídos. O fato é que nenhuma unidade habitacional até hoje foi construída no Cristal como foi previsto originalmente no projeto e mais, as obras de saneamento estão sendo feitas com as famílias morando no mesmo local, isto significa risco à vida destas famílias, transtornos como máquinas pesadas circulando em ruas de chão batido, ruídos insuportáveis, além de danos estruturais nas moradias que permanecem ali. O HISTÓRICO NÃO É O DE PRIORIZAR AS PESSOAS NA REGIÃO, ISTO NÃO É UMA INVENÇÃO, ISTO NÃO É TERRORISMO POR PARTE DO MOVIMENTO COMUNITÁRIO, ISTO É REALIDADE DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO NO CRISTAL!!!


Não seguirei escrevendo e listando todas as situações que fazem da luta CHAVE POR CHAVE ser a possibilidade de muitas outras comunidades, que hoje estão invisibilizadas, de terem respeitados seus direitos. 
Os atos do governo municipal são resposta ao discurso do José Fortunati que está gravado no vídeo acima.
É CHAVE POR CHAVE, mas quem garante isto não é o prefeito, são os moradores e suas comunidades!
Abaixo uma belíssima matéria sobre a assembléia do Orçamento Participativo Cristal feita pelo jornal eletrônico Sul21.


Leandro Anton

Moradores criticam política habitacional da Prefeitura de POA

Rachel Duarte, www.sul21.com.br
O bairro Cristal, na zona Sul de Porto Alegre, está sendo atravessado por máquinas por todos os lados. A Avenida Tronco, uma das principais obras preparatórias da cidade para a Copa do Mundo de 2014, e o Projeto Integrado Socioambiental (Pisa) são os responsáveis pelas intervenções na região. Os benefícios das duas iniciativas são reconhecidos pelas autoridades e moradores — porém, não há consenso quanto aos interesses do poder público e da população. Na noite desta quarta-feira (2), as entidades de moradores da região se uniram na plenária do Orçamento Participativo para cobrar da Prefeitura de Porto Alegre a regularização fundiária nas áreas atingidas com as obras. Segundo os moradores, as casas estão sendo varridas do trajeto das grandes obras sem a garantia de uma nova moradia. Em troca das futuras casas, a Prefeitura concede uma ‘bolsa moradia’ no valor de R$ 52 mil, considerado irrisório pelas famílias.
A oferta é uma medida paliativa, já que houve problemas na licitação da obra da Avenida Tronco, justificou o prefeito. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal não aceitou a empresa contratada para a construção dos loteamentos para reassentamento das 1,4 mil famílias que terão que deixar a área. “Estamos refazendo a licitação para construção de mil unidades habitacionais. Está em andamento. Nosso compromisso é, assim que estivermos terminado a licitação, ver com as famílias os lotes e as casas onde irão morar. Parte das famílias, cerca de 600, já receberão o bolsa moradia para deixar as casas agora porque, como atrasou, teremos que fazer a obra sem os apartamentos estarem prontos”, admitiu Fortunati.

Entidades cobraram da Prefeitura de Porto Alegre a regularização fundiária nas áreas atingidas com obras da Copa 2014 e do Pisa | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O prefeito salientou que as obras precisam acontecer de forma célere para que Porto Alegre não perca os recursos federais destinados a construção da Avenida Tronco. Mas reforçou que, “nenhuma família da sairá do Cristal sem previsão da futura moradia ou o aluguel social”.
Até o momento, a Prefeitura adquiriu 20 terrenos no bairro Cristal. Destes, 17 foram indicados pela Comissão de Moradores da Vila Cristal e Divisa e, outros três, adquiridos pelo governo na Avenida Jacuí. Os terrenos são poucos para atender as 482 famílias cadastradas na região, alegam os moradores. Além disso, as unidades serão feitas com recursos do Minha Casa, Minha Vida, o que poderia ser feito independente da licitação da construção da nova avenida.

"Eles querem começar a obra no final de maio e as casas nem foram construídas. Como terá aluguel para tantas famílias?" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
“Porque não foi feito isso antes? Não temos onde morar. É tudo sempre na intenção com este governo. Eles querem começar a obra no final de maio e as casas nem foram construídas. Como terá aluguel para tantas famílias? Não é só o Cristal. A Avenida Tronco afetará também a Vila Cruzeiro e a Vila Tronco. Para onde vai toda essa gente?”, questiona a representante da Comissão de Moradores da Vila Cristal e Divisa, Noeli Ferreira.
A comissão acompanha as reuniões para a realização das obras na região e cobra a falta de inclusão da comunidade nas decisões. Das 25 assembleias que a Prefeitura diz ter realizado para negociar com os moradores e orientar sobre o andamento das obras, apenas cinco foram efetivamente realizadas. “E por pressão nossa. Nós trancamos o cadastro do Departamento Municipal de Habitação para eles poderem vir nos atender”, conta Noeli.
Chave por chave
Parte dos moradores do bairro Cristal, que estão atingidos pelas obras e desacreditados da promessa da futura moradia que ainda não existe, se juntaram ao Comitê Popular Copa – Bairro Cristal e criaram o movimento Chave por Chave. Com cartazes do movimento em punho, cobravam atenção do prefeito de maneira incansável na plenária do OP. Muitos moradores ultrapassavam o tempo de três minutos das intervenções previstos no regimento interno, tamanha a sede de diálogo com o poder público. “Sabemos que são obras importantes. Mas as secretarias podem conversar com os moradores. Nós somos lideranças que podem auxiliar nas negociações. Não somos bicho, sabemos conversar”, disse a conselheira do OP, Jurema Barbosa.

Movimento Chave por Chave garante que só deixará suas casas com garantia de novas moradias | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
As cobranças da comunidade foram feitas diretamente ao prefeito José Fortunati. Alguns moradores se posicionaram na frente do chefe do executivo municipal para fazer as cobranças. Todos os inscritos apresentavam a mesma queixa: falta de política habitacional. “Quando vimos que eles estavam só enrolando e não teríamos garantia nenhuma e ficaria só no papo, criamos o movimento Chave por Chave. Eles querem ruas, nós queremos casa”, salientou a moradora Noeli Ferreira.
O prefeito falou ao final das intervenções de moradores e conselheiros e utilizou a nomenclatura do movimento para reafirmar mais um compromisso verbal. “Será chave por chave. Estamos dispostos a manter as famílias onde elas vivem enquanto não tem as casas. Se perdermos os recursos da obra, depois é outra discussão”, comprometeu-se. E salientou que os moradores “só sairão das casas com a construção das novas moradias”. Porém, condicionou a construção ao governo federal, que terá que garantir os recursos do Minha Casa, Minha Vida para o começo da construção do lotes. “Terá que ter os recursos do programa”, salientou.
Falta política habitacional

"Estamos há 10 anos esperando uma regularização. São 10 anos, não 10 semanas, nem 10 dias" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Os problemas da falta de uma política habitacional capaz de intervir nas comunidades na mesma velocidade que as obras de infraestrutura ou de forma previdente não se resumem às obras da Copa do Mundo.  O representante da Associação de Moradores das Mulheres Anita Garibaldi contou que depois de 10 anos de espera por uma regularização fundiária, as 41 famílias que ocupam uma área as margens do Arroio Cavalhada, na Avenida Campos Velho, serão varridas por uma nova via que está prevista para ser aberta no meio da vila. “Como vão fazer rua lá se está a poucos metros do arroio? Estamos há 10 anos esperando uma regularização. São 10 anos, não 10 semanas, nem 10 dias. E agora, para nossa surpresa, nos informam que será feito uma rua lá. Para onde vamos?”, questionou ao prefeito.

Presidente da Associação de Moradores da União Vila Pedreira pede soluções do poder público | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Já o presidente da Associação de Moradores da União Vila Pedreira, Lindomar de Oliveira pediu soluções do poder público diante da ordem judicial de despejo de 20 famílias na Vila Pedreira. “Com estes megaprojetos sendo feitos na região, os proprietários das terras ocupadas estão buscando a posse das áreas. Mas, a prefeitura cede a estes interesses imobiliários e não fará nada por nós? Essas famílias vão morar onde?”, indagou.
Projeto Socioambiental atinge moradias
Outra iniciativa da Prefeitura de Porto Alegre que está encontrando problemas de falta de política habitacional é o atrasado  Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), criado ainda na gestão do PT em Porto Alegre. O programa tem como principal objetivo ampliar a capacidade de tratamento de esgotos da capital de 27% para 77% até 2012.
Desde o ano passado moradores alegam estar sofrendo com os abalos do solo e tendo as casas rachadas. O quarto de uma das residências localizada em frente ao núcleo São Francisco da Creche Nazaré, que fica na comunidade Nossa Senhora das Graças, também foi atingido pelas obras. A rachadura de 20 cm separa o telhado da parede e o piso da cozinha está cedendo. Em agosto de 2011, um acidente em uma das obras do Socioambiental, no bairro Hípica em Porto Alegre, teve como consequência, a morte de dois operários e outros nove feridos.

Encontro entre representantes de moradores e prefeitura ocorreu durante encontro do Orçamento Participativo na zona Sul de POA | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
No dia 16 de abril de 2012, o Sul21 denunciou que uma máquina do Departamento Municipal de Agua e Esgoto (DMAE) atingiu casas na Avenida Icaraí, no bairro Cristal. Por vontade dos moradores atingidos, o caso foi levado à justiça mesmo contra a vontade do poder público, que propôs acordo para continuar a obra e evitar mais uma repercussão negativa sobre irregularidades nas obras. Diante deste quadro, a juiza Lílian Cristiane Siman, da 5ª Vara do Foro Central, paralisou totalmente as obras do Programa Socioambiental da Prefeitura de Porto Alegre. A obra foi embargada pela justiça e uma audiência de conciliação ocorreu na tarde desta quinta-feira (3). Não houve conciliação e a Prefeitura entrou com ação contra os moradores.
Prefeitura entra com ação contra os moradores
“A juíza está favorável a Prefeitura e vamos seguir com o processo”, disse a dona da casa atingida, Elma dos Santos Rodrigues. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, que confirmou a falta de consenso entre as partes, a decisão judicial poderá ser despachada pela juíza ainda nesta quinta-feira (3), se for confirmado o caráter liminar da ação da Prefeitura. A decisão de entrar com medida judicial para que os moradores deixem as casas onde moram ocorre em menos de 24 horas após a plenária do OP, onde o prefeito José Fortunati admitiu que “enquanto eu for prefeito, nenhuma pessoa será despejada”.
Vereadores da oposição ao governo estão acompanhando as denúncias dos moradores e a exceção do Pisa. “Estão sendo atingidas casas desde o ano passado. Fizemos uma edição do Câmara na Comunidade na região e recebemos reclamações sobre fissuras e abalos em função das obras”, relata a vereadora Sofia Cavedon (PT), que esteve na plenária do OP.
Em pronunciamento na Câmara esta semana, a petista já levantava as queixas sobre a falta de regularização fundiária no bairro Cristal. “As obras vêm atropelando as vilas. Muitas famílias estão assustadas. Estamos medindo e avaliando os riscos nas áreas de intervenção do Socioambiental. Existem inúmeros problemas em decorrência desta falta de planejamento, como aumento da vazão da água, bocas de bolo entupidas e um acúmulo de lixo. São problemas de toda ordem”, acusa a parlamentar.

Os danos nas duas residências no bairro Cristal ocorreram após a prefeitura mudar a rota das escavações no solo por debaixo das casas, chamada de Emissário Subterrâneo, além de omitir e não comunicar a ação aos moradores. O prefeito alega que nenhuma mudança no Pisa original foi feita pela atual administração. “Não alteramos o projeto. No caso desta casa, que é uma casa, não mais de uma, foi uma pedra que estava no caminho da máquina e era maior do que prevemos no levantamento geológico”, falou, admitindo o erro de cálculo.

Após ouvir críticas dos moradores, José Fortunati fez manifestação na qual garantiu esforço para solucionar impasses | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Fortunati defendeu que, as críticas em relação ao Pisa e as demais obras “que vão mudar Porto Alegre” tem motivação eleitoral. “Conheço as lideranças e a quem elas servem. Este morador atingido tem partido e por sinal é o mesmo dos vereadores que estão criticando o programa. É um oportunismo eleitoral”, alegou. Sobre o valor do aluguel social previsto pela prefeitura para as famílias deixarem as casas antes da nova moradia estar pronta (R$ 52 mil), o prefeito disse que é um valor acordado com a comunidade e suficiente para os gastos.
“Nós já apresentamos uma contraproposta de R$ 80 mil para poder achar alguma casa na região e não sermos pulverizados em Porto Alegre. Foi na última assembleia em fevereiro e não tivemos resposta”, alega o morador Valdir Bohn Gass.
“Porto Alegre irá ficar bonita, mas para os gringos que vão passear aqui verem. A Copa não é para pobre. Pessoas que vivem a 40 anos nos bairros estão sendo atropeladas sem nem ter para onde ir. Já fechamos rua e se precisar vou pegar um sofá e uma televisão e vou para a esquina democrática assistir a Copa no relento, sem a minha moradia”, bravou a líder comunitária Noeli Ferreira.